Desejos ocultos

Gabriel estava na varanda, observando as luzes da cidade que brilhavam como estrelas na escuridão.

O ar fresco da noite tocava sua pele, mas os pensamentos e desejos ocultos em sua mente fazia seu corpo esquentar.

Ele não sabia se era o vinho ou o olhar de Lucas, seu melhor amigo, que fazia seu coração bater mais rápido.

Lucas surgiu na porta, encostado casualmente, com um sorriso que parecia iluminar a noite.

Ele segurava duas taças e, com um gesto suave, ofereceu uma delas a Gabriel.

— Para a liberdade — disse Lucas, brindando.

Gabriel riu, mas seu sorriso tinha algo de nervoso. Os dois haviam se aproximado muito nos últimos meses, mais do que amigos normalmente se aproximariam.

Havia olhares prolongados, toques acidentais que queimavam como fogo. Algo estava mudando, mas nenhum deles ousava dizer.

— Você tem pensado muito, Gabriel — disse Lucas, sentando-se ao lado dele no sofá da varanda. — Dá pra ver nos seus olhos.

Gabriel desviou o olhar, sentindo-se exposto. — E se eu disser que tenho pensado em algo que pode mudar tudo?

Lucas se inclinou para frente, deixando sua taça na mesa, seus olhos fixos nos de Gabriel.

— Então me diga.

Gabriel fechou os olhos por um momento, tentando encontrar coragem. Quando os abriu, encontrou Lucas ainda mais perto, seus rostos separados apenas por centímetros.

— Lucas, eu...

Antes que pudesse terminar, Lucas tocou suavemente o rosto de Gabriel, silenciando-o com um beijo. Foi suave no início, como se estivessem testando a realidade daquele momento.

Mas logo a suavidade deu lugar à intensidade, e tudo o que eles haviam reprimido veio à tona.

Os lábios de Lucas se moveram com intensidade, explorando cada canto da pele de Gabriel.

As mãos de Lucas desceram lentamente, como se traçassem um mapa secreto. Gabriel sentiu o calor aumentar quando os toques se tornaram mais íntimos.

Os dois se perderam naquele momento, seus corpos entregues ao desejo que haviam segurado por tanto tempo.

Gabriel arqueou o corpo, ofegante, enquanto Lucas o levava a um êxtase que ele nunca havia experimentado.

O quarto se encheu de gemidos e respirações, ecos de uma paixão que não podia mais ser contida.

Quando a intensidade chegou ao auge, Gabriel sentiu seu corpo estremecer. Lucas o olhou, um sorriso satisfeito nos lábios, enquanto os dois se deixavam cair juntos, exaustos, mas completamente saciados.

— Isso muda tudo — sussurrou Gabriel, ainda ofegante.

Lucas, com um toque suave no rosto de Gabriel, respondeu: — Então, que assim seja.

E naquela noite, sob as estrelas e as luzes da cidade, eles permitiram que seus corpos falassem por eles, escrevendo uma nova página de uma história que, até então, havia sido apenas imaginada.