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Me Apaixonei pelo Meu Vizinho

Atualizado: 22 de set.

Desde que o Matheus se mudou para a casa ao lado, minha vida nunca mais foi a mesma.


Ele era um pouco mais velho que eu, atlético e com um sorriso que parecia iluminar todo o quarteirão.

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No início, eu tentava ignorar os sentimentos que surgiam sempre que o via no jardim, lavando o carro ou correndo sem camisa pela manhã.


Mas com o tempo, ficou impossível negar o que eu sentia. Matheus despertava algo em mim que eu nunca tinha sentido antes.


A gente começou a se falar casualmente — um cumprimento aqui, uma conversa rápida ali.


A proximidade entre nossas casas fazia com que sempre nos cruzássemos. Aos poucos, essas interações foram ficando mais frequentes e íntimas.


Nossas conversas passaram de amenidades para confidências sobre trabalho, sonhos, e até relacionamentos passados.


Percebi que ele estava sempre atento, me ouvindo com um interesse que fazia meu coração bater mais forte.


Foi quando, em um desses dias em que estávamos jogando conversa fora na calçada, ele comentou sobre uma viagem de fim de semana que a família dele estava organizando. Para minha surpresa, ele me convidou.


— Vai ser só eu, minha irmã e alguns primos — disse ele com aquele sorriso fácil. — Seria ótimo ter mais alguém da minha idade por lá.


Eu aceitei na hora. A ideia de passar um fim de semana inteiro com ele, longe de tudo e todos, me parecia irresistível. E foi assim que, duas semanas depois, estávamos a caminho de uma casa de campo que a família dele tinha alugado para o fim de semana.


O lugar era incrível, cercado de natureza, com um lago cristalino logo à frente.


No primeiro dia, nos divertimos com os primos dele, nadando, jogando vôlei e curtindo o sol. Tudo parecia normal, mas a tensão entre mim e Matheus era palpável.


Nossos olhares duravam mais do que o normal, e a cada toque acidental, eu sentia meu corpo arrepiar.


Quando a noite caiu e todos se recolheram para dentro da casa, a atmosfera ficou ainda mais carregada.


Depois do jantar, resolvi sair para dar uma volta ao redor do lago. A noite estava fresca e o céu, estrelado. Enquanto caminhava, ouvi passos atrás de mim. Não precisei me virar para saber que era ele.


— Também não estava conseguindo dormir? — ele perguntou, se aproximando e parando ao meu lado.


— Algo assim — respondi, tentando disfarçar o nervosismo.


O silêncio que se seguiu foi confortável, mas cheio de tensão. Matheus olhava para o lago, mas de vez em quando seus olhos voltavam para mim, e eu sentia o peso do seu olhar. De repente, ele quebrou o silêncio com uma pergunta que fez meu coração disparar.


— Você já sentiu como se algo estivesse prestes a acontecer, mas você não soubesse o que fazer a respeito?


Fiquei em silêncio por um momento, sem saber o que responder. Ele se virou para mim, agora me olhando diretamente nos olhos, com uma intensidade que eu nunca tinha visto antes.


— Matheus, eu...

Antes que eu pudesse terminar, ele deu um passo à frente, diminuindo ainda mais a distância entre nós. Seus olhos buscaram os meus, como se procurassem uma resposta para algo que ambos já sabíamos.


Quando nossos lábios finalmente se tocaram, tudo ao nosso redor desapareceu. O beijo foi lento, explorador, cheio de desejo e ao mesmo tempo de dúvidas, como se ambos estivéssemos tentando entender o que estava acontecendo.


Senti suas mãos deslizarem pelo meu corpo, enquanto o calor que eu reprimia há tanto tempo finalmente se libertava.


Cada toque, cada movimento parecia despertar algo novo em mim. Ele me guiou para um canto mais escuro, longe da vista de qualquer um que pudesse passar, e ali, na beira do lago, nos entregamos ao desejo.


Seus lábios exploravam meu pescoço, suas mãos firmes passeavam pelo meu corpo, e eu sentia uma mistura de excitação e nervosismo.


Estávamos fazendo algo que ambos queríamos, mas que nunca tínhamos admitido. O corpo dele pressionado contra o meu, o calor e o som da respiração entrecortada no silêncio da noite, faziam tudo parecer ainda mais intenso.


Quando finalmente terminamos, ficamos deitados na grama, olhando para o céu estrelado. Estávamos ofegantes, o corpo relaxado, mas minha mente ainda tentava processar o que tinha acabado de acontecer.


— Isso foi loucura — murmurei, ainda tentando encontrar as palavras certas.

Matheus sorriu, virando-se para mim.


— Talvez tenha sido. Mas foi real. E é o que importa.

Naquele momento, percebi que minha vida nunca mais seria a mesma. Matheus não era apenas o meu vizinho.


Ele era alguém por quem eu me apaixonara, e aquela viagem de família foi apenas o começo de algo que eu sabia que iria além daquele fim de semana. Texto: Redação Revista Uomini.

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